quarta-feira, 2 de junho de 2010

EXTINÇÃO DOS PEIXES

Existem atualmente no país 238 espécies e subespécies de peixes e invertebrados aquáticos ameaçados de extinção. Entre elas, 41 apresentam estado mais crítico, como o marisco-do-junco, o ouriço-do mar-irregular, o cação-bico-doce e o surubim. A maioria desses animais com risco de desaparecer tem seu habitat em regiões de mata atlântica e em estados litorâneos, onde a ação do homem, principalmente com o crescimento das construções imobiliárias, interfere no ciclo natural das espécies. Segundo Lícia Leone Couto, bióloga do IBGE, a extinção dos animais está ligada à atividade humana. “A principal causa de extinção é a destruição do habitat das espécies e isso ocorre prioritariamente pela ação do homem. Por isso, o mapa aponta risco de extinção de animais que têm maior ocorrência em cidades costeiras, que têm grande atividade de construções imobiliárias”, explicou. De acordo com o mapa, os cinco estados em que o risco de extinção dessas espécies é maior são: São Paulo, onde existem 86 espécies e subespécies ameaçadas; Rio de Janeiro, com 76; Rio Grande do Sul, que tem 55; Bahia, com 51; e Paraná, com 43. A bióloga destacou como fatores que aceleram o processo de extinção a poluição das águas, a sobrepesca, a pesca esportiva e o comércio de peixes ornamentais. Lícia Leone Couto citou o caso do tubarão, cuja barbatana, altamente valorizada no mercado internacional, pode ser vendida por até US$ 1 mil o quilo.

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